Considerando a base de dados oficial do ecossistema brasileiro de startups, o StartupBase, serviço vinculado à Associação Brasileira de Startups (Abstartups) informa que o país chegou ao início de 2021 registrando um total de 13.747 empresas iniciantes. Algumas delas chegam a revelar objetivos modestos e de longo prazo, mas colocando a modéstia totalmente à parte, a verdade é que praticamente todas almejam chegar o mais rápido possível à condição de ‘unicórnio’, título atribuído aos empreendimentos cuja avaliação de mercado supera o valor de 1 bilhão de dólares.
Atualmente, apenas 11 startups brasileiras entre todo este universo de concorrentes já cruzaram a linha de chegada nesta corrida. Enquanto isso, a competição permanece aquecida e movimentando muito dinheiro. Prova disso é que somente nos três primeiros meses de 2021, as startups brasileiras receberam US$ 1,9 bilhão em aportes. Este volume representa mais do que a metade (54%) do total captado ao longo de todo o ano de 2020 de acordo com dados fornecidos pelo Inside Venture Capital, relatório publicado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da plataforma de inovação aberta Distrito.
Uma rápida análise sobre os planos das startups para buscarem as primeiras posições revela um foco voltado principalmente para aspectos como a consolidação da ideia inovadora, o marketing e temas voltados a criatividade. Apesar disso, grande parte delas acaba não conseguindo alcançar seus objetivos em função de não terem conseguido se estruturar de uma forma adequada com relação ao aspecto contábil, o que certamente é um dos mais analisados pelos possíveis investidores.
Neste sentido, os passos definitivos para acelerar a jornada são:
1) Avaliação dos aspectos tributários no Business Plan
Um olhar mais cuidadoso com a rentabilidade do negócio nos estágios iniciais do planejamento faz toda a diferença. Muitas vezes o entusiasmo por uma ideia inovadora impede que sejam investigadas questões fundamentais como a possibilidade de bitributação na prestação de serviço ou a geolocalização que impede o empreendedor de aproveitar vantagens oferecidas por municípios que praticam taxas inferiores de impostos em relação aos grandes centros. Quanto antes esses fatores forem avaliados melhores serão as chances de evitar redução nas margens de lucro e garantir a sustentabilidade financeira da startup.
2) Separação total entre os recursos da empresa e dos sócios
Outra grande causadora de problemas que levam ao encerramento de projetos promissores é a confusão que normalmente é feita na hora de utilizar os recursos financeiros. Por falta de clareza neste assunto, muitas vezes os sócios usam o dinheiro da companhia em suas necessidades pessoais e vice-versa. Este tipo de atitude costuma ser ainda mais agravado quando a startup recebe algum tipo de investimento externo. A maior parte dos empreendedores confunde aporte com aquisição e quando isso acontece eles gastam o dinheiro como se tivessem vendido a empresa, quando na verdade este recurso deveria ficar na empresa para subsidiar seu crescimento. Para evitar esta situação, a separação da estrutura financeira deve ser estabelecida já na estruturação contábil da empresa.
3) Mútuo conversível em participação societária
Nada mais é do que um empréstimo do investidor com o objetivo de fomentar a Startup e, futuramente, tornar-se sócio da empresa.
Muitos aspectos precisam ser cuidadosamente estudados antes da assinatura do contrato e aceite do aporte, uma vez que poderá ocorrer uma diluição da participação societária do empreendedor. Existem ferramentas e formas da conversão do mútuo em participação societária que podem resguardar o empreendedor da diluição de seu percentual na sociedade, para tanto tenha uma adequada assessoria jurídica “antes” de aceitar o aporte de investidores.
4) Despreparo para auditorias dos investidores
Nenhuma startup consegue alcançar o nível sonhado por seus idealizadores se não receber investimentos externos para suportar seu crescimento. Apesar disso, poucos empreendedores se preocupam verdadeiramente em deixar a estrutura contábil da empresa preparada para receber estes aportes. A cada dia que passa os investidores de todos os tipos são mais exigentes quanto às informações reais sobre a situação e o potencial das startups nas quais estão interessados em aplicar seus recursos. Por isso eles realizam as mais exigentes auditorias e ao menor sinal de que alguma coisa está errada ou alguma informação está faltando é criada uma barreira, muitas vezes intransponível entre o recurso e as empresas iniciantes. Desta forma, quanto maior for a qualidade da estruturação contábil da startup, maiores serão suas chances de captar investimentos e crescer.
A preparação para as startups garantirem a adoção destes quatro passos de forma segura em direção a uma jornada de sucesso é a parte estrutural do trabalho desenvolvido pela GAAP Auditores & Consultores, empresa que ao longo de sua história se orgulha de ter sido responsável pela estruturação contábil de algumas das startups de maior sucesso do mercado brasileiro.
Sua visão abrangente sobre o universo da inovação e seu conhecimento profundo sobre os desafios que cercam a atividade dos empreendedores consolidaram a empresa como referência e fornecedora de suporte estratégico para o Founder Institute São Paulo, maior programa do mundo para lançamento de startups no estágio de ideação. Por meio desta iniciativa, empreendedores e equipes em estágio inicial constroem seus negócios ao lado de uma rede de suporte crítica de especialistas em startups locais que compartilham a participação em seu sucesso e, por meio de um processo estruturado e desafiador de construção de negócios, já ajudou ex-alunos a arrecadarem mais de US$ 950 milhões.
O sócio diretor da GAAP, Henrique Macedo, é mentor do Founder que está com inscrições abertas para a próxima turma. Aproveite a oportunidade e saia na frente da concorrência.